Qualquer orquídea do gênero Vanilla é uma baunilha – mas a parte utilizada para dar sabor e aroma aos alimentos são os grãos da vagem da planta. Esses frutos verdes não têm cheiro nem gosto – é preciso, primeiro, deixá-los secar numa estufa ou ao sol. Durante a secagem, ocorre um processo de fermentação natural: a ação de enzimas faz com que os frutos fiquem pretos e com seu perfume concentrado. Para retirar o extrato de baunilha, esmaga-se a vagem seca, que depois é submergida em álcool. Natural da América Central, a baunilha se espalhou por ambientes úmidos de todo o continente. No Brasil, várias espécies crescem no litoral e em regiões de Mata Atlântica. Uma das mais usadas para a produção de extrato é a Vanilla planifolia. “Mas a baunilha que compramos no mercado tem aroma artificial.
É obtida em laboratório a partir de álcool coniferílico, uma substância presente na madeira dos pinheiros”, afirma a bióloga Maria do Carmo Estanislau do Amaral, da Unicamp. Os dois tipos de baunilha são parecidos, mas não iguais. “A natural é mais cara, mas tem aroma muito mais suave”, diz Maria do Carmo.


Fonte: Revista Super Interessante.

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