A comercialização de flores e plantas ornamentais no Largo do Arouche, em São Paulo, representa a mais tradicional iniciativa pública no abastecimento dessas mercadorias em todo o município.

Inicialmente, em meados da década de 1940, o ponto era ocupado por um modesto mercado atacadista floral, que supria as demandas das floriculturas, bancas de cemitérios e feirantes. Esse comércio foi sucessivamente deslocado para outros locais da cidade, incluindo a Praça CharlesMiller e o mercado municipal, até ser finalmente absorvido pelo entreposto atacadista, então denominado Ceasa, em 1966.

Até hoje, o Largo do Arouche paulistano continua sendo referência histórica e obrigatória no comércio de flores na cidade, alimentado por famílias de floristas que ali foram-se instalando aos poucos, com a retirada das bancas existentes na Praça da República, na avenida Ipiranga e no Largo Paissandu, pelo então prefeito Armando de Arruda Pereira.

Em 1953, o Largo do Arouche transformou-se no Mercado Municipal de Flores do Largo do Arouche, por ato do prefeito Jânio Quadros, e hoje é também popularmente conhecido como Praça das Flores.

Na foto, está a capa do LP “Rancho das Flores” (título da música adaptada de J.S. Bach, com letra de Vinícius de Morais), gravado pela Orquestra e Coro Jardineiros Românticos, sob regência do maestro Antônio Arruda (1920-2006), o célebre “cangaceiro”, tendo como ilustração uma imagem do Mercado de Flores do Largo do Arouche no início dos anos 1960.

Para saber mais sobre as feiras livres e o abastecimento paulistano: “100 anos de feiras livres na cidade de São Paulo”, o livro.

Por Helio Junqueira

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