O SIMBOLISMO DAS FLORES DE TÓKIO 2020: medalhistas dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos voltam a receber buquês de flores.

Desafortunadamente, nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, os arranjos florais foram substituídos por uma escultura, marcando a quebra de uma tradição que vem desde a Grécia Antiga.

 

Agora, no Japão, as flores feliz e graciosamente voltam ao cenário desportivo e foram escolhidas a dedo por um Conselho, homenageando a flora da região leste do país, a mais duramente atingida pelo terremoto de 2011, que deixou cerca de 20.000 mortos e desaparecidos. Os buquês são projetados especialmente para mostrar a todo o mundo a beleza das flores japonesas de todos os ângulos possíveis.

 

5.000 arranjos foram especialmente desenhados pelo Conselho de Flores Nippon e incluem girassóis de Miyagi, lisiantos (Eustoma grandiflora) verdes e selos-de-salomão de Fukushima, gencianas de Iwate e aspidistras de Tókio. Todas essas origens são profundamente simbólicas.

 

Em Miyagi, os pais que perderam seus filhos na tragédia plantam girassóis na colina onde as vítimas procuraram abrigo do tsunami. Em Fukushima, a prefeitura criou uma entidade sem fins lucrativos para produzir lisiantos, flores-símbolo da esperança de recuperação. A cidade sofreu um desastre nuclear após o tsunami, o que obrigou muitas famílias a abandonarem a área. Os primeiros testes com vegetais cultivados após a tragédia mostraram que seus níveis de radiação eram muito altos para consumo humano.

 

As gencianas de Iwate têm a cor azul do emblema dos jogos olímpicos e são cultivadas localmente desde os anos 1960.

 

No Brasil, a produção-executiva do evento olímpico rejeitou a entrega de buquês florais representativos da flora nacional aos atletas, frustrando duramente projetos de inúmeras associações atuantes na Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais que haviam se empenhado fortemente para a promoção da floricultura nacional em escala mundial.

 

 

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