Setor de flores em vasos supera a Covid-19 e encerra 2020 com crescimento de 10%

Com mais pessoas em casa, cuidando não apenas de seus jardins, mas do próprio bem-estar, o crescimento foi garantido pelas plantas ornamentais e pelas flores em vaso. No entanto, o setor sofre com as perdas acumuladas de 40% no setor de flores de corte, mais usadas na decoração dos eventos, ainda proibidos devido ao isolamento social. Os produtores aproveitam a época de festas para sugerir decorações naturais para o Natal e Réveillon. A Cooperativa Veiling Holambra vislumbra fechar 2020 com crescimento estimado entre 8 e 10% no faturamento geral, na comparação com 2019.

Nem tudo foram flores neste conturbado e pandêmico 2019. Mas elas fizeram a diferença para o consumidor que, isolado socialmente, aproveitou para cuidar do jardim e para decorar a casa com produtos naturais. As pessoas descobriram as flores e as plantas verdes também para garantir mais vida e alegria aos ambientes residenciais que passaram a servir também como escritório (home office) e escola. Embora em um primeiro momento, no início da pandemia e estabelecimento da quarentena, as vendas de flores e plantas ornamentais tenham sofrido a brusca queda de mais de 90%, ao longo do ano o mercado floricultor brasileiro foi se recuperando e fechará 2020 com crescimento geral de 10%. Quem ainda amarga os efeitos da pandemia são os produtores de flores de corte – mais usadas na decoração de casamentos, formaturas e outros eventos ainda proibidos de ser realizados – que acumulam, no ano, perdas de 40%.

O presidente do Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura -, Kees Schoenmaker, informa que, no geral, o crescimento do setor no Brasil será de 10%, porém fortemente concentrado nos vasos com flores e plantas verdes (ornamentais). Foi a partir de maio que esse setor começou a fase de recuperação, com o Dia das Mães, e a situação mudou. As demissões no setor, que chegaram, no máximo, a 10%, foram revertidas. Os produtores se readequaram, alguns mudaram os produtos (espécies e variedades de flores), mas, no geral, reagiram junto com a demanda.  “Para o próximo ano, 2021, a gente estima um crescimento entre 8% e 9%, com o pé no chão  e ainda considerando o impactado da Covid-19”, diz.

Para a Cooperativa Veiling Holambra (CVH), a mais importante do país, apesar de todos os contratempos vividos neste ano e da baixa sofrida pelos produtos de corte, devido ao cancelamento e à proibição dos eventos, a expectativa é de fechar o ano com crescimento entre 8% e 10% no faturamento geral, em relação a 2019. A avalição é feita pelo Departamento Comercial da Cooperativa. De acordo com os mais de 400 produtores da CVH, o papel da cooperativa foi fundamental para o enfrentamento da crise do setor.

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