O mundo contemporâneo traz claramente todas as dificuldades e gargalos que dificultam o sucesso de um negócio, mas ocultam as possibilidades. O comportamento individualista, a vida mais corrida, o maior esforço para alcançar resultados, o desejo eternamente não realizado de ter as coisas e a fragilidade dos relacionamentos fazem com que o consumidor busque essencialmente dois nortes: produtos eu mereço e reforço de relacionamento com sua rede de suporte.

As lojas que ajudarem ele a conseguir êxito nessas duas caminhadas terá seu interesse e fidelidade.

Para te ajudar a explorar essa estratégia, levantei alguns conteúdos sobre REDE DE SUPORTE que compartilho abaixo (fonte – livro Aprendendo a pensar com sociologia – Zygmunt Bauman).

CENAS DO COTIDIANO

Temas como a saúde e o bem-estar de nossos corpos são aspectos fundamentais da vida cotidiana. Nesse processo, as pessoas podem oscilar entre o desejo de estar junto com os outros e o de ser deixadas em paz, despreocupando-se com seus corpos e rejeitando os apelos de vida saudável em favor de orgias gastronômicas.

Já reparamos como enfadonhas e ao mesmo tempo agradáveis podem ser nossas relações com outras pessoas. Com bastante frequência elas são complexas e mesmo confusas, oferecendo sinais contraditórios e demandas de ação nada fáceis de conciliar. Logo, os outros não só nos oferecem segurança que nos proporciona bem-estar, mas também nos causam ansiedade, o que não pode se chamar de agradável – não sendo surpresa o fato de tantos de nós criarmos estratégias para evitar essas situações.

Cabe, entretanto, perguntar: e para onde iremos? Onde encontraremos o abrigo seguro que procuramos?

Pensando nisso, pensemos no mundo que nos cerca, como uma serie de círculos concêntricos. A circunferência do maior deles aparece embaçada em nosso mapa cognitivo: é um lugar distante, e contém o grande desconhecido, territórios nunca antes visitados e que não serão sem a ajuda de um guia confiável (sua loja?)

Os círculos menores são mais seguros e familiares. Quão menores eles ficam, mais seguros se parecem. La está primeiramente um lugar que é nosso “país”, no qual, se supõe que todo passante é capaz de falar uma língua que entendemos, obedece às mesmas regras que nós e se comporta de maneira compreensível, de modo que sabemos responder a seus gestos e suas conversas

O primeiro círculo interno pode ser nossa vizinhança. Nela, conhecemos as pessoas de vista, muitas vezes pelo nome e talvez, além dessas informações, também seus hábitos. O conhecimento dos hábitos das pessoas reduz a incerteza vinda da não familiaridade, e, assim, é possível saber o que esperar de cada um.

Depois dele, temos o círculo do meio, que é pequeno em comparação aos outros, e que chamamos de “casa”. Idealmente, esse é o lugar em que todas as diferenças entre pessoas não fazem muita diferença, porque com elas sabemos que podemos contar, aconteça o que acontecer. Elas estarão sempre ao nosso lado, chova ou faça sol, e não nos deixarão sem apoio. Ali nada é preciso provar, nem mostrar a verdadeira imagem ou esconder qualquer coisa. A casa é pensada o espaço de segurança, conforto e proteção, em que temos certeza de nosso lugar e de nossos direitos sem lutar ou manter prontidão (REDE DE SUPORTE).

CUIDANDO DO SEU JARDIM

Uma vez vistos no modelo de círculos, os relacionamentos são tratados como diz a música – cuidando como um jardim…

As pessoas veem que a reciprocidade é a moeda que lhes garantira o suporte e apoio para seus momentos de ansiedade e dificuldade, de carência de afeto e de reconhecimento, em contrapartida por toda dor trazida pelo dia a dia.

Esse apelo é um forte argumento de consumo e as lojas devem usar seus canais de relacionamento via web para apoiar esse esforço de agrados, que cada pessoa busca fazer com sua rede de suporte, encaixando-se dessa forma como instrumento de apoio ao círculo mais importante de cada consumidor.

Isso se faz com conteúdo. Ele precisa ser direcionado, ele precisa ser interativo, ele precisa ser personalizado, ele precisa ser relevante e ele precisa ser prático. Uma vez que esse diálogo se já construído, entramos na vida das pessoas, criamos um link emocional entre a loja e sua tribo de clientes. O passo para a conversão torna-se natural e o resultado não são somente a sustentabilidade econômica do negócio, mas a criação de um time de advogados da loja!

Que se aprofundar sobre esse conteúdo? Veja nosso ebook – Comportamento de consumo e nossa consultoria de conteúdo em mídias sociais.

Augusto Aki – consultor de modelos de negocio

 

 

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