Pesquisa identifica economia global bilionária gerada pelos benefícios físicos e mentais relacionados à conservação da biodiversidade

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Inúmeros estudos comprovam os benefícios que o contato com a natureza tem para a nossa saúde física e mental. Respirar ar puro, ouvir o canto dos pássaros, mexer na terra ou tomar um banho de floresta. São inúmeras as atividades que podem trazer a natureza para perto da gente, mas para que esta conexão seja possível, é preciso preservar a biodiversidade. É preciso também transformar os espaços urbanos, onde a maioria da população está concentrada, em espaços mais verdes.

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Um novo estudo, divulgado pelo Swiss Re Institute comprova estas afirmações. Com o título ‘Biodiversidade e benefícios para a saúde humana’, além de falar dos benefícios do tempo gasto na natureza, o estudo faz uma correlação entre os ganhos econômicos e de saúde: considerando que passar mais tempo em espaços verdes ou florestas reduza os problemas de saúde mental em 1% até 2030, a economia global anual seria de US$ 60 bilhões. Já para as doenças cardiovasculares, o mesmo cenário resultaria em uma economia global de US$ 10 bilhões por ano.

O relatório enfoca na saúde mental e nas doenças cardiovasculares, mas também aborda o impacto da exposição à poluição do ar, calor e ruído. Ele usa dados de custos de saúde para estimar a economia potencial que poderia ser alcançada com a incorporação de mais elementos relacionados à natureza em ambientes urbanos e examina como essas mudanças podem estar associadas ao seguro de saúde e de propriedade, área de atuação do grupoSwiss Re.

A poluição do ar é uma preocupação de saúde global; e áreas urbanas com mais árvores têm melhor qualidade do ar. Um estudo dos EUA sugeriu que a cobertura de árvores nos EUA removeu 17,4 milhões de toneladas de poluentes em 2010, o que equivale a uma economia de saúde de US $ 6,8 bilhões.

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As árvores também refrescam as cidades no verão e oferecem espaço para relaxamento. Eles contribuem para prevenir a mortalidade induzida pelo calor, problemas respiratórios e transtornos mentais e podem ser ressegurados contra condições climáticas extremas.

“Em 2050, prevê-se que mais de dois terços da população mundial viverão em áreas urbanas. Hoje, muitas pessoas têm acesso limitado a espaços verdes e estão experimentando os efeitos nocivos da poluição atmosférica e sonora em áreas urbanas e periféricas. Como mostra este relatório, aumentar a biodiversidade ao criar mais parques e plantar mais árvores beneficia claramente a saúde de todos”, explica Oliver Schelske, do Swiss Re Institute Natural Assets & ESG Research Lead.

A mortalidade relacionada a altas temperaturas está aumentando em todo o mundo devido às mudanças climáticas e ondas de calor mais frequentes. Cidades com boa vegetação lidam melhor com o calor. Um estudo sugeriu que a temperatura do ar durante as ondas de calor em Londres é até 4°C mais fria em uma faixa de 400 metros de parques.

“OS BENEFÍCIOS DA MELHORIA DA SAÚDE HUMANA DEVIDO AO TEMPO PASSADO NA NATUREZA PARA A SOCIEDADE E ECONOMIA GLOBAL SÃO INDISCUTÍVEIS. DEVEMOS, PORTANTO, CONSIDERAR NOSSOS AMBIENTES VERDES ALGO TÃO VALIOSOS QUANTO OS ATIVOS PRIVADOS OU PÚBLICOS.”

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