Compartilho a introducao do livro de Mario Cortella que trata de um tema recorrente e crescente no imaginario coletivo – como lidar com os acasos que nos atingem e com os resultados que nao conseguimos alcancar…

A SORTE SEGUE A CORAGEM

Mario Sergio Cortella – Editora Planeta

Uma das coisas que mais preocupam é o habito de algumas pessoas atribuírem a forcas externas, quase que místicas ou magicas, os acontecimentos favoráveis ou desfavoráveis na vida delas. Claro que existem situações que podem ser prejudicadas e que não dependem do desejo ou da procura da pessoa. Assim como há muitas circunstancias que podem beneficia-la sem que ela necessariamente as tenha procurado.

Por vezes, empreendemos acoes com determinada intenção e o resultado não aparece ou não da maneira esperada. Outras vezes, são despendemos energia em busca de algo que acaba se realizando. Aquilo que eu não procurei e veio – seja bom ou mau – e aquilo que eu procurei e não veio – seja bom ou mau.

Nesse sentido, a percepção de sorte se aproximaria de uma benção, como se a pessoa fosse apaniguada, agraciada com a proteção especial e, portanto, recebedora de um favorecimento.

A ideia de que existe uma forca que independe da intenção, que cuida, que protege, ultrapassa a nossa capacidade de ação e ate os limites do mundo humano.

Essa circunstancia é uma casualidade positiva, assim como existem as casualidades negativas.

Por isso, a ideia de sorte está, em grande medida, ligada ao fato de não compreendermos os motivos pelos quais as coisas acontecem. Alguns povos usam a expressão “sorte” tanto no sentido positivo quanto no negativo. Seu significado seria muito mais próximo de ocasião, circunstancia.

A ocasião pode surgir como resultado de eventos sincrônicos, mas é preciso estar preparado para aproveita-la. E preparado nos 2 sentidos que a palavra pode ter – disponível para buscar e competente para fazê-lo.

A coragem não é uma disposição eufórica!

E necessário partir do pressuposto de que, se há despreparo, não e coragem, mas sim uma atitude temerária, impulsiva e leviana.

A concepção de coragem se refere a uma forca virtual, que se da de forma organizada e consciente. Essa forca se caracteriza por uma disponibilidade, uma inclinação para uma ação eficaz, mas que precisa estar estruturada.

Imaginar que coragem é meramente essa euforia preparatória e que seria suficiente para lançar-se em alguma atividade só faz aumentar a probabilidade de desastre (e da percepção sobre a má sorte).

Por isso, a sorte segue, sim, a coragem! (de ter iniciativa, de estar preparado e de estar atento a oportunidade)

O texto aborda com qualidade e profundidade um tema recorrente e crescente no imaginário coletivo, dado o aumento do estresse e da pressão, onde nossa sensação de impotência sobre o resultado de nossos esforços. A crença sobre sorte ou azar e ainda sobre a teoria da perseguição divina ocupa um espaço que esconde nossa incapacidade de aceitar os acasos ou de não se preparar para eles. Ficam algumas conclusões-

  • Não se trata sobre o resultado do que lhe acontece, mas como você reage a eles.
  • Antecipe-se a vida, se preparando e traçando planos para alcançar o que quer. Ainda que imprevistos aconteçam, estar preparado aumenta as chances de sucesso. Ter resiliência combate o impacto negativo dos revezes e o mantem na direção. Aprender a aprender corrige o caminho e o faz estar preparado para que a sorte te favoreça!
  • Compre o livro acima e leia pois há outros temas interessantes que vão te ajudar a ter mais sucesso e paz, em tempos onde esses itens são tão desejados (mas tão difíceis…)

Augusto Aki

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